Respostas para o aquecimento
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Respostas para o aquecimento
Na terceira parte de seu relatório sobre mudanças climáticas, painel da ONU mostra que conter os efeitos do aquecimento é possível, mas requer investimento global
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Substituir fábricas termoelétricas por nucleares é um dos caminhos apontados pelo IPCC para minimizar os efeitos do aquecimento global
Para manter estáveis os níveis de gás carbônico (CO2) na atmosfera, a fim de minimizar o impacto do aquecimento global sobre o planeta, a humanidade deverá investir até 2030 entre 0,2% e 3% do PIB mundial. A estimativa foi apresentada na última sexta-feira (04/05) em Bancoc, na Tailândia, pelo terceiro grupo de trabalho do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC). Essa última parte do relatório estuda as possíveis ações para mitigar os efeitos da mudança climática – os dois primeiros grupos de trabalho do Painel avaliaram as causas e os impactos do aquecimento global.
Considerando os dados de 2005 do Fundo Monetário Internacional, o custo para frear o aquecimento nas próximas décadas superaria US$ 1,8 trilhão, o equivalente ao PIB atual da França. Os valores propostos pelo IPCC se referem aos gastos necessários para reduzir as emissões de dióxido de carbono a ponto de frear a elevação da concentração do gás na atmosfera.
Hoje, o nível de gás carbônico na atmosfera terrestre está na casa das 430 partes por milhão (ppm). Estabilizá-lo na faixa de 590 a 710 ppm, uma meta não muito ambiciosa, significaria uma redução média de 0,2% no PIB mundial e um aumento da temperatura da ordem de 4 ºC, de acordo com o relatório da ONU. Num cenário de controle mais rígido das emissões de CO2, em que o nível de gás carbônico na atmosfera se mantivesse entre 445 e 535 ppm, o custo seria bem maior, de até 3% da riqueza produzida em todo o mundo. Nessa segunda situação hipotética, o aumento da temperatura até 2030 seria de no máximo 2 ºC. Ainda assim, esse nível de aquecimento seria suficiente para levar à perda de 30% das espécies que hoje correm risco de extinção, como previra a segunda parte do relatório do IPCC.
Caminhos – O documento divulgado em Bancoc aponta ainda algumas das tecnologias e práticas essenciais que podem garantir um ambiente menos quente nos próximos anos. Entre aquelas tecnologias que já estão disponíveis, figuram a substituição do carvão pelo gás natural, o uso de biocombustíveis nos meios de transportes e a redução do desmatamento. Algumas das medidas citadas no relatório ainda estão longe de serem adotadas no Brasil, como a substituição de parte do transporte rodoviário por um sistema ferroviário menos poluidor.
No terreno das tecnologias que ainda precisam ser aperfeiçoadas no futuro próximo antes de serem implementadas, o relatório enfatiza a necessidade de desenvolver métodos para capturar e armazenar o carbono proveniente das queimadas, das indústrias e de outras fontes. No setor de transportes, o painel ainda prevê a importância da adoção de frotas compostas de veículos elétricos ou híbridos mais eficientes e da criação de uma “segunda geração” de biocombustíveis.
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